segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Sem Abrigo

Os teus olhos
Dão um sinal de cansaço...
São as marcas,
Dessa vida de fracasso...


O dia a dia,
É passado sem comer...
Até quando ?
Ninguém pode responder...


A Sociedade,
Olha para ti de lado...
Ignorando,
Que comete um pecado...


A Justiça,
Refugia-se no direito...
A Igreja,
Considera-te um defeito...


Foda-se...
Será que Deus existe mesmo ???

Setúbal

Percorri de lés a lés
O nosso lindo Portugal,
Conheci muitos encantos
Mas como tu, não há igual



Cresceste pelas mãos
De valentes pescadores,
Seduziste pensamentos
De Golfinhos conquistadores



Tens na Arrábida um pulmão
De inesgotável energia,
O Vitória é a causa
De tamanha valentia



A nossa mente brilha
Quando olhamos para o Sado,
Setúbal, é um paraíso
À beira-mar plantado...

A Chama Ardente


Sentada ao luar
De copo na mão,
Acende um cigarro
E entoa a canção...
Sua pele morena
E bem bronzeada,
De cabelo solto
E bem maquilhada...
Está feliz e dança
E sorri bonita
Parece criança
E a mim me conquista...
Assim de repente,
Nós damos a mão
E cantamos juntos
Mais uma canção...
A noite escurece,
Acende-se a fogueira,
Por entre guitarras
Ergue-se a bandeira...
A lua está cheia
E convida ao prazer
Abraços e beijos
Para não mais esquecer...
Esta Chama Ardente
Que paira no ar,
Leva-nos noite dentro
Até madrugar...
Que sonho bonito
Que lindo poema,
Acordei sozinho
Que grande dilema...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Pensamento Positivo

Meus olhos brilham audazes
Com o futuro que aí vem
Vou passar uma esponja
Em tudo o que já passei

Faz de conta, que nasci hoje
E só quero aprender o bem,
Pois o mal já eu conheço,
Foi-me dito por alguém...

Esse alguém de quem eu falo,
Passou por toda a maldade,
Fez asneiras, atrás de asneiras
Mostrando irresponsabilidade...

Sempre teve a porta aberta,
Mas nela, nunca quis entrar
Talvez por receio, ou medo
De um dia vir a falhar...

Nunca quis deixar mal visto,
Em quem nele confiou
Pela enorme amizade,
Que a pessoa lhe mostrou...
Mas voltando a esse alguém,
Viu-se um dia atrapalhado,
Foi encostado à parede
A decidir-se, quase obrigado...
Esse alguém de quem vos falo,
Já repararam, que sou Eu ?
Agora é que é: Vou agarrar com as duas mãos,
O futuro que Deus me deu !!!
Quase poucos acreditam,
Se eu o conseguirei
Mas...Meus olhos brilham audazes,
Com o futuro que aí vem...
Dedico este poema ao Zé Pedro dos Xutos (comigo na foto).
Tal como o Zé, eu segui o meu sonho e tal como o Zé, eu nunca desisti, acabando por o concretizar.
Devemos sempre seguir os nossos sonhos !!!

Medo

Medo...

Eu tenho medo,
Dos loucos que mandam matar...
Dos aviões que caem no ar...

Medo...

Eu tenho medo,
Da fúria das multidões...
De investidas e opressões...

Medo...

Eu tenho medo,
De reagir ao que está mal...
Da carga policial...

Medo...

Eu tenho medo,
De passear na escuridão...
De ofuscar a paixão...

Medo...

Eu tenho medo,
De trair os meus ideais...
Acreditando em causas banais...

Medo...

Eu tenho medo...de MIM !!!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Mas Que Dilema ...


Vagueando pela rua
Sem saber o que fazer,
Está perdido e moribundo
E enjoado de viver


Quando acorda, já só pensa
Como é que se vai safar,
Rouba uma “milena” à Mãe
Para deixar de ressacar...


Vai direito à Camarinha
Todo ele a tremer,
Vómitos e arrepios
Parece que está a morrer...


Quando encontra o traficante
Dá-lhe a “milena” para a mão,
Refunde o pacote no bolso
E vai gamar o limão...


Ao passar duas, três horas
Volta à mesma situação,
Este abismo só vai parar
Quando estiver dentro de um caixão...

Inverno

Inverno rigoroso
Pouco sol e muito frio,
O mar invade a terra
E afunda-se um navio

Inverno traiçoeiro
Que maltrata o pescador,
Não o deixa ir à faina
P`ra desgosto do Senhor

Coitado do velhote
Que não tem o que comer,
Sua pele está enrugada
E cansada de sofrer

Inverno doloroso
Que destrói, ataca e mata
Muito sofre o Sem Abrigo
Debaixo da sua capa

Os campos estão alagados
E a cidade está deserta,
Muitos são os passarinhos
Sem telhado, à descoberta...

A Noite

Sozinho na noite
Percorrendo a cidade
Esquecendo loucuras
Lembrando a saudade

São noites vazias,
São noites de isco
Mulheres nos passeios
São mulheres de risco

E com mais um copo
Andando de Bar em Bar,
Vagueio na noite
Até madrugar...

Esta noite é longa
Ainda há muito para ver
Cerveja ou Whisky,
É beber p`ra esquecer

E lá pelo outro lado
Portugueses chorando,
Por um bom ordenado,
Na Bósnia lutando...

A vida é assim,
A chorar e a rir
Enquanto uns passam fome,
Os outros querem curtir !!!

Eu Quero a Solução


Já não sei
O que fazer,
Toda a gente
Me trata mal...
Serei eu,
Um tipo foleiro ?
Ou estarei,
Em flipanço total ?


Quando falo do Governo,
Rapidamente sou criticado,
E se por acaso coloco um brinco,
Toda a gente me chama drogado !!!


Mas que reles é esta sociedade
Onde nada se faz se autorização,
Gente de Merda, que esconde a verdade
Gente de Merda, sem ambição...


Já estou farto,
Eu Quero a Solução
Mas não sei onde a comprar,
Por favor, alguém me dê razão
Ou então, deixem-me lutar...
Deixem-me lutar...